
Teresina enfrentou uma crise histórica na saúde pública. Faltavam desde remédios básicos e materiais como luvas e gazes, até equipamentos de radiologia. A situação chegou a expor riscos graves à população e ao trabalho de médicos e enfermeiros.
Denúncias graves na capital
O CRM‑PI realizou fiscalizações em hospitais e UPAs da capital e constatou falta generalizada de medicamentos — antibióticos, antihipertensivos, anestésicos — e insumos essenciais como seringas, tubos para intubação e luvas. A tomografia do HUT ficou fora de operação por atraso no pagamento ao fornecedor.
Em junho de 2023, o MPPI registrou que havia faltado até 940 tipos de medicações nas UBS; também foram apontadas deficiências na estrutura, superlotação e ausência de farmacêuticos e fisioterapeutas.
Um mapeamento do CRM‑PI em teresina, entre março e outubro de 2024, visitou 91 UBS. Os resultados chocaram:
- 100% delas faltavam medicamentos essenciais, como hipoglicemiantes e antibióticos;
- Em 32 unidades, faltavam insumos como gaze, algodão e luvas;
- Mais da metade apresentava problemas estruturais como infiltrações, piso afundado ou equipamentos quebrados.
A sensação predominante era de abandono: fundamentalidades do atendimento básico não estavam sendo garantidas.
R$ 1 Bilhão para a Saúde do Piauí
O senador Ciro Nogueira (Progressistas) já destinou mais de R$ 1 bilhão em recursos para a saúde do Piauí ao longo de seu mandato. A declaração foi feita em resposta a um questionamento de um seguidor sobre sua atuação na área.
Segundo o parlamentar, o montante foi repassado por meio das prefeituras e secretarias municipais de saúde, beneficiando todos os 224 municípios do estado. Ciro destacou que, embora todas as áreas sejam importantes, a saúde é a mais urgente, pois lida diretamente com a vida das pessoas.
Teresina o Caos na Saúde Básica
Diante desse cenário, o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) destinou R$ 33,9 milhões por meio de emenda parlamentar como incremento ao custeio da Atenção Primária no Piauí, com foco na recuperação da estrutura básica da saúde municipal e estadual.
Como essa verba pode mudar a vida do cidadão
A verba virá com foco em cumprimento de metas, permitindo que municípios — com Teresina como exemplo — invistam nos itens que estiveram em falta:
- Compra regular de medicamentos e insumos essenciais: glicose, antibióticos, luvas, seringas e analgésicos.
- Manutenção de equipamentos e radiologia nas UBS e no HUT, garantindo funcionamento de tomografia e raio-X.
- Reposição de materiais hospitalares básicos: gazes, sondas, tubos de intubação.
- Estrutura mínima das UBS: reparos em infiltrações, conserto de ar-condicionado ou bebedouros.
- Capacitação e contratação para garantir equipes completas, incluindo farmacêuticos e técnicos, hoje ausentes em muitas unidades.
Por que isso importa para você?
Essa aplicação impacta diretamente na vida da pessoa comum:
- Medicamentos não faltam mais na UBS: hipertenso ou diabético terá acesso contínuo ao tratamento.
- Exames não são mais adiados por falta de reagentes ou equipamento.
- Profissionais têm condições de trabalho dignas, sem falta de luvas ou anestésicos.
- As clínicas básicas passam a atender com mais rapidez, e os médicos conseguem seguir protocolos de atendimento adequados.
Até que ponto o cidadão depende da política?
A crise da saúde em Teresina revelou que o acesso a cuidados básicos tem dependido fortemente de decisões políticas, em vez de estar garantido de forma estável pelo funcionamento regular do SUS.
A liberação de R$ 33,9 milhões pelo senador Ciro Nogueira mostrou que, em situações de emergência, recursos extras vindos de emendas parlamentares podem salvar o sistema.
Se esse dinheiro for bem administrado, a população poderá ver mudanças concretas — remédios nas prateleiras, exames realizados sem demora, unidades de saúde equipadas e equipes completas.