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Haddad isolado: quando a divisão interna fragiliza toda a economia

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem sendo cada vez mais retratado como uma figura isolada dentro do próprio governo. Enquanto ele defende uma postura de maior austeridade fiscal — buscando conter gastos e melhorar a confiança nos mercados — outros ministros pressionam por mais investimentos públicos imediatos, mesmo sem previsão de receitas adicionais.

Essa divisão expõe um problema estrutural: quando um governo não fala a mesma língua internamente, quem paga o preço é o cidadão. A insegurança sobre a condução da economia gera alta do dólar, inflação pressionada e juros mais altos, impactando diretamente no custo de vida, no preço dos alimentos, no financiamento da casa própria e no crédito para pequenas empresas.

Austeridade não é uma palavra popular, mas é fundamental para evitar descontrole fiscal. Ao mesmo tempo, não se pode ignorar a necessidade de investimentos em áreas como saúde, educação e infraestrutura. O segredo está no equilíbrio: gastar melhor, não apenas gastar mais.

Haddad, mesmo criticado, tem defendido uma linha de responsabilidade que, se bem comunicada e sustentada, pode ajudar o Brasil a retomar a confiança de investidores e garantir recursos para políticas sociais de forma sustentável.


- Opinião do Editor Jonas Barroso –

O país precisa de um governo que tenha uma única voz quando se trata de economia. O cidadão precisa saber onde pisa. Para isso, é essencial construir um pacto interno claro, em que ministros priorizem planejamento, transparência e eficiência no uso do dinheiro público.

O futuro do Brasil não depende apenas de gastar mais ou cortar mais, mas de gastar melhor, com foco em resultados para a população e responsabilidade com as contas públicas.

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