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Lula fala em 2026: campanha antecipada em meio a crises desvia o foco do que importa

Em julho, o presidente Lula declarou publicamente que “pode ser o primeiro presidente eleito quatro vezes”, em uma fala que soou como um aceno direto à eleição de 2026. A frase pegou mal, tanto entre aliados quanto na sociedade em geral, sendo vista como prematura e politicamente desnecessária.

O Brasil enfrenta desafios urgentes: inflação alta, juros elevados, insegurança sobre empregos, desconfiança do mercado e conflitos internos no governo. Em um cenário tão delicado, antecipar o debate eleitoral desvia o foco das soluções práticas e transmite ao cidadão comum a impressão de que a prioridade é o projeto de poder — não o país.

A antecipação do discurso de campanha também cria desgaste político. Em vez de unir a base, fortalece divisões e alimenta a polarização, reduzindo ainda mais o espaço para diálogo e construção de consensos. Para quem está no supermercado sentindo os preços pesarem ou tentando abrir um pequeno negócio e enfrenta crédito caro, ouvir sobre reeleição parece fora de hora.

O Brasil precisa de foco. Ao invés de gastar energia em embates antecipados, o governo deveria concentrar esforços em aprovar reformas, melhorar a comunicação com a sociedade, articular com o Congresso e criar condições para o crescimento sustentável.


- Opinião do Editor Jonas Barroso –

A melhor “campanha” que um governo pode fazer é entregar resultados. Reduzir a inflação, gerar empregos, melhorar os serviços públicos e assegurar estabilidade são os verdadeiros cabos eleitorais de qualquer liderança.

Antes de pensar em reeleição, é preciso governar bem o presente. O futuro se constrói com trabalho sério, diálogo e respeito à população. O Brasil precisa de menos slogans e mais entregas concretas.

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